Autor: Sophie Jordan
Editora:
Agir
Publicação: 2011
Páginas: 296
Nota:
Primeiro volume da Série Draki.
"A jovem Jacinda é especial. Além de pertencer a uma espécie descendente de dragões cuja maior habilidade é poder alternar entre a forma humana e animal – os draki – ela é uma das únicas de seu clã que consegue cuspir fogo."
Essa é uma parte
da sinopse de Firelight, o primeiro volume da Série Draki de Sophie Jordan,
autora best seller do New York Times – e que chama atenção por uma distinta
palavra: draki. A leva de romances juvenis, tão carregada de lobos e vampiros,
ganha um novo tipo de ser sobrenatural – os dragões – que pouco citados trazem
uma mitologia nova e cheia de aspectos a explorar.
O primeiro
volume apresenta Jacinda, uma draki capaz de cuspir fogo e que por essa
habilidade tão incomum entre os de sua espécie é considerada um prodígio. A
narrativa em primeira pessoa mostra que tipo de adolescente Jacinda é: presa em
seu clã por ser especial, empurrada para
um rapaz que não sente quaisquer sentimentos e com uma família que não entende
seu dragão – draki. Não há piadas, nem o humor leve típico de narrativas
adolescentes. Jacinda conta sua história de forma dura e o único momento em que
sentimentos mais calorosos aparecem é quando ela está ao lado de Will, um
caçador humano e benevolente que tem uma ligação especial com Jacinda e que poupou
sua vida em uma caçada.
Devido a
acontecimentos sua família foge do clã e vai para Chaparral, uma cidade
distante e que se localiza ao lado de um deserto – um ambiente inóspito para
drakis. Forçada a viver uma vida que não considera normal, Jacinda se ressente
cada vez mais de sua família, mesmo entendendo que naquela situação não parece
haver outra saída.
Pelo destino
acaba estudando na mesma escola que Will e uma avalanche se forma por todos os
segredos que precisa guardar, mesmo que o rapaz seja o único que trás a Jacinda
seu draki de volta.
A forma como
conta o sofrimento de seu draki e que mesmo assim parece aceita-lo pelo bem de
sua família cria uma simpatia forte por Jacinda e pelos seus dramas pessoais
que são acumulados cada vez mais.
Apesar da
mitologia interessante ela é escassa nas descrições, se contentando com breves
definições dos tipos de drakis existentes, o que trás curiosidade sobre o mundo
draki e os motivos pelos quais criaturas tão poderosas são contidas em um mundo
a parte, com medo dos caçadores – humanos que assassinam e vendem drakis para
outros seres (que também são pouco explicados e não se sabe com certeza o que
são).
Firelight mais
parece uma introdução ao que realmente será a série, pois seus acontecimentos
relevantes não são refletidos ao ponto de criar uma profundidade na história e
tudo parece ser uma parte “rasa” do que realmente é o mundo dos caçadores e dos
drakis. Jacinda é uma personagem em construção que ao lado de Will se mostra
forte, mas tem poucas convicções quanto a necessidade de se libertar de uma
família a ama mas não entende suas necessidades – e que é rotulada de egoísta
de forma constante, mesmo que indireta.
A finalização do
livro dá uma abertura para acontecimentos definitivos no universo do livro e
cria uma expectativa grande ao ponto de continuar a leitura assim que se
termina o primeiro volume.
Sophie Jordan
cresceu no Texas onde criou fantasias sobre dragões, guerreiros e princesas. É
professora de inglês de ensino médio e também escritora best seller do New York
Times e USA Today.
Sophie também
escreve romances sobrenaturais com o nome Sharie Kohler.
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